Encontro-me a ler a história real de Filipe e o Etíope. E fico maravilhada com tantos pormenores espiritualmente belos da história.
Só Deus, só o Espírito para fazer com que as coisas se desenrolem dessa forma.
Filipe recebe uma ordem de um anjo para ir a um lugar bem distante de onde se encontrava.
Fazer o quê? Não sabia.
Mas foi, sem questionar a razão, sem planear.
Encontrou pelo caminho um alto funcionário da Rainha da Etiópia. Será que quando ele viu o carro teve logo consciência de que a ordem que Deus lhe tinha dado tinha a ver com aquelas pessoas? Talvez não. Não sabemos.
Mas mais uma vez
“O Espírito Santo disse a Filipe…” (At 8:29 a)
E Deu-lhe uma ordem clara:
“Vai e caminha ao lado do carro.” (vs 29b)
Filipe obedeceu. E lá estava, o Eunuco lendo um texto em voz alta, sem compreender o que lia. E Filipe apenas lhe fez uma pergunta.
Surgiu um convite:
“E pediu a Filipe que entrasse no carro e se sentasse ao seu lado.”E assim Filipe fez, e teve oportunidade de apenas responder às dúvidas do Eunuco, ao ponto que o Eunuco se converteu e foi baptizado, mais uma vez a pedido deste.
Engraçado que Filipe nada forçou. Foi apenas enviado pelo Espírito para responder às questões daquele coração que buscava a Deus, que lia a Palavra mas não entendia.
Filipe foi dirigido pelo Espírito, simplesmente. Sem planos, sem objectivos, sem métodos lógicos, sem parcerias, sem nada. Sozinho. Ele e Deus.
E depois de tudo isso, foi levado pelo Espírito para um lugar bem longe. Corporalmente. Deu por ele estava noutro lugar. E, a caminho de Cesareia, ia anunciando o Reino de Deus.
Quanto mais leio estes textos, mais o meu coração vibra por Deus. Mais eu desejo viver assim, sem planos, sem métodos, sem coisas dessas que me aborrecem profundamente, pois sinto que são HUMANAS. Ser simplesmente dirigida pelo Espírito, mover-me n’Ele, falar n’Ele, viver o meu dia-a-dia n’Ele.E Ele me dirigirá, ainda que sem lógica humana. E eu quero estar disposta. Ainda que Ele me diga:
“Vai neste momento até à Checoslováquia, à boleia, e quando chegares lá eu logo te mostrarei o que fazer.”E alguns estarão a pensar neste momento:
“Coitada da rapariga, não sabe que a Checoslováquia já não existe. Agora tem outro nome.”
Pois é, irmãos, é para estas coisas que olhamos. Não para o chamado de Deus, não para a Sua voz, não para a Sua vontade mas para aquilo que nós achamos que é prioritário, que faz falta, que é assim que deve ser.
Onde está a orientação ilógica do Espírito?
Eu quero vivê-la. E já a vi sobre nós, PGV.
E depois de ler este texto, eu simplesmente orei:
“Pai, que simplesmente me uses da forma simples como usaste Filipe. Que não seja eu a querer fazer as coisas, mas que Tu me movas no Teu Espírito, como alguém que se deixa ir na corrente, não sabendo onde ela vai parar. Que me coloques no caminho de quem tu quiseres e dirijas todas as coisas.”
E o engraçado é que nesse próprio dia, eu sou contactada por alguém que me faz perguntas. E passado umas horas eu sorri, pensando no que tinha acontecido. Deus tinha respondido à minha oração. Simplesmente.
Eu amo este Deus, amo este Pai, amo este Espírito Santo que é real, que é sobrenatural, que flui e nos permite fluir n’Ele.
Que tu, meu querido irmão, possas mover-Te n’Ele. Em amor, em santidade, em paixão, em adoração.
Que eu possa amá-Lo cada vez mais.
Eis-me aqui. Prostrada diante de Ti.
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